Siga nas redes sociais

Brasil: Aviadores sem aviões, marinheiros sem navios e soldados sem armas

Ministro José Mucio quer aumento no orçamento - Foto: Reprodução/Divulgação

Na quarta-feira passada, 17 de abril, o ministro José Mucio participou de reunião da CREDN, em atendimento aos requerimentos do presidente do Colegiado, Lucas Redecker (PSDB-SP) e do deputado Albuquerque (REPUBLICANOS-RR) e esteve acompanhado dos Comandantes do Exército, general Tomás Miguel Miné Ribeiro Paiva; da Marinha, almirante Marcos Sampaio Olsen; e da Aeronáutica, brigadeiro Marcelo Kanitz Damasceno.

O ministro da Defesa, José Mucio Monteiro, pediu ajuda aos membros da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional (CREDN) para que as Forças Armadas não paralisem os seus projetos estratégicos e chamou a atenção para a necessidade de se conferir previsibilidade ao orçamento da pasta.

Para tanto, apontou a aprovação da PEC 55/23, fundamental para que haja aumento no orçamento das Forças Armadas.

“O Brasil é o maior exportador de produtos de defesa da América do Sul. Em 2023, as exportações autorizadas foram de US$ 1,4 bilhão, sendo cerca de 125% a mais que em 2022, segunda melhor posição desde que iniciamos essa série histórica. Temos expectativa de dobrar esses resultados em 2024”, explicou.

FORÇAS FRACAS

O diagnóstico foi corroborado pelos respectivos comandantes.

Segundo o general Tomás, Comandante do Exército, a Força necessita modernizar vários sistemas para poder exercer o seu papel na proteção das fronteiras.

Ele citou o caso de um sistema de defesa aéreo de média altura, bem como a aquisição de helicópteros norte-americanos Black Hawk. “Uma bateria antiaérea de média altura da Ucrânia impediu a destruição de Kiev”, revelou.

Já o Comandante da Marinha, almirante Olsen, assinalou que, “nos últimos 20 anos, a esquadra desmobilizou 50% dos seus meios e até 2028, mais 40% serão desmobilizados dos 50% que sobraram”. Ele salientou que a indústria naval do Brasil já foi a segunda do mundo e que apenas o projeto dos submarinos emprega em torno de 63 mil pessoas e envolve 700 empresas.

Em 2023, a Aeronáutica investiu R$ 1.8 bilhão em seus projetos estratégicos, mas o cenário não é diferente das demais forças.

De acordo com o brigadeiro Damasceno, “não estamos voando a quantidade de horas necessárias para mantermos os pilotos adestrados e atender todas as demandas”, disse.

Hoje, a FAB conta com 458 aeronaves ativas. Em 2014, eram 576. O déficit anual para a manutenção dos meios da Força Aérea é de R$ 1.31 bilhão.

Fonte: Revista Sociedade Militar

Compartilhar nas redes sociais
Facebook
Twitter
LinkedIn
WhatsApp
Email
Telegram

Artigos relacionados

Notícias Em destaque

Pular para o conteúdo