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Caiado e Daniel Vilela jogam sem oposição

Ronaldo Caiado e Daniel Vilela - Foto: Divulgação

Não há oposição em Goiás. Vivemos no vácuo entre uma velha e uma nova geração política. Como não há (ainda) líderes de ponta na nova fornada, não há opositor a quem está estabelecido tem tempo na ponta de lança governista. Ronaldo Caiado está só, com 86% de avaliação positiva.

No cerradão goiano, Ronaldo Caiado (União Brasil) vem eliminando todos os focos de incêndio que poderiam abalar sua estrutura política. Recentemente, Bruno Peixoto, deputado estadual e presidente da Assembleia, o peitou, para tentar ser candidato a prefeito de Goiânia. Voltou ao seu lugar e lá está, inquieto, mas lá. Dando chutes, mas sob controle tático.

Uma das responsabilidades do governador é esta: abrir caminho para novas lideranças. Até agora, o faz para Daniel Vilela, seu vice e presidente do MDB. Daniel, que o enfrentou em 2018 para o governo, agora não faz nada sem o seu aval. Foi oposição, não é mais. Por mais que haja emedebistas e outros istas incomodados com a presteza de Daniel e na torcida para que se rebele, nada consta neste sentido.

Nem constará, como indica sua disposição em campo.

Caiado e Daniel batem bola juntos. Jogam juntos. Não há jogo descombinado. O jogo jogado segue em sintonia. Inevitável: estão no mesmo time. Miram o mesmo gol, na prática de resultados. Ambicionam placar igual, em pretensões diferentes. Para tudo dar certo, ambos precisam dar certo como parceiros. Isso, sim, é Goiás dar certo na atual política em jogo. Um descuido de parte a parte e o caos estará instalado para 2026, quando um novo big bang pode acontecer, mas também quando o apocalipse pode chegar no poder.

Nas eleições deste ano, o único resultado ruim para os dois é a derrota da dobradinha que formam. O inimigo de um é o adversário do outro. O que faz o pouco fogo cruzado que Caiado enfrenta
internamente empatar com o brando fogo armado contra os interesses em jogo de Daniel. Olhando por outro lado, o que temos: jogam afinados, enquanto a torcida grita, ou torce o nariz. É a lógica do gramado.

A oposição que não existe está pronta para brotar. Pode nascer embaixo das traves, no meio de campo e morrer minutos antes de entrar em campo; pode vir como carrapicho, pode não passar de capim. Caiado e Daniel somam a partir do momento em que não fazem oposição um ao outro. Jogo mantido, outubro é só um detalhe. Podem ganhar em campo ou depois, na vitória e na derrota dos adversários. Quem sabe podem ainda reinaugurar o novo Serra Dourada. (Vassil Oliveira /Tribuna do Planalto)

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