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Em Tabocão, famílias do acampamento Olga Benário recebem aprovação do Incra para criação de assentamento

Manuel Leite, presidente da associação Olga Benário, afirma que cada momento de luta desde 2013 valeu a pena - Foto Divulgação/MST/TO

Nesta terça-feira, 16 de abril, um marco na luta pela reforma agrária foi alcançado com a publicação da portaria de criação do assentamento Olga Benário, localizado no município de Tabocão, no Tocantins. A área, que abrigará 58 famílias do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), organização membro da Coalizão Vozes do Tocantins, representa o desfecho de uma batalha de quase 11 anos pela posse da terra.

O terreno de 724 hectares, pertencente à Fazenda Sinuelo, será oficialmente transformado em um projeto de assentamento, proporcionando moradia e sustento para dezenas de famílias da região. Essa conquista marca uma mudança significativa para os agricultores, que enfrentaram dificuldades e perseguições ao longo dos anos, inclusive através de uma ação judicial movida pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), sob suspeita de motivações políticas por parte dos ruralistas quando ainda estavam acampados às margens da BR 153.

Antônio Marcos, coordenador do Movimento Sem Terra no Tocantins – MST/TO, destaca o significado histórico da garantia do direito à terra para as famílias camponesas no Tocantins. “Essa conquista é resultado do esforço coletivo do MST, das famílias e de diversos movimentos sociais e organizações parceiras que lutam pela reforma agrária.” afirma.

Em busca de uma vida digna, cultivando seus ideais nos campos e nas ações cotidianas, Manuel Leite, presidente da associação Olga Benário, afirma que cada momento de luta desde 2013 valeu a pena, “alcançamos essa vitória com dedicação e coragem, ao longo de anos de luta e manifestações. Nesse trajeto de resistência, enfrentamos ameaças, discriminação e inúmeros perigos para nossa segurança. Enfrentamos tentativas de destruição por parte dos poderosos, que derrubaram nossos acampamentos e devastaram nossas plantações. No entanto, permanecemos resistindo.” Enfatiza.

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