Muitas pessoas afirmam que a comunicação é a alma do negócio, discordo com veemência, pois afirmo que é a pesquisa. Quem consegue viver sem rumo, sem orientações? Quem costuma conduzir a vida, com base no clássico do samba: “deixa a vida me levar?” Na maioria das vezes, quem não se utiliza da pesquisa, não consegue ter a preparação mínima para o enfrentamento das adversidades no caminho. O conhecimento descortina os nossos olhos das amarras da ignorância.
Quando se aproximam os períodos eleitorais, a maioria das administrações públicas municipais, candidatos ao executivo e ao legislativo, correm para garantir a realização das pesquisas de opinião. Mas, na maioria das vezes, apenas querem destacar dados numérico e saldos quantitativos do que assegurar uma digna avaliação qualitativa da realidade. Mesmo porque, a pesquisa deve trazer uma estrutura que permita relevante avaliação dos diversos cenários. Ela também deve possibilitar uma melhor compreensão das inúmeras variáveis que sustentarão as estratégias, táticas e ações durante a campanha eleitoral.
A pesquisa qualitativa quando muito bem elaborada e fundamentada, permite certamente uma ampla avaliação dos candidatos com base no índice de aceitação, rejeição e abstenção, se para for aplicada para este propósito.
Nem todos os profissionais conseguem traçar com clareza a diferenciação entre estes três aspectos, Principalmente por ser uma questão de interpretação de texto. Os interessados em pesquisa de opinião pública, deve levar em consideração para candidatos novos, uma profunda análise força do nome com base no histórico do candidato.
Retomando a análise da gestão municipal quanto a capacidade de resolver os problemas é fundamental compreender os seus serviços disponíveis para a população. Com que frequência surgem reclamações a respeito do serviço público?
Para além deste aspecto, surgem outros tão desafiador quanto: Como a gestão municipal encara as representações da sociedade civil? Aberta ao diálogo ou fechada totalmente para conversas? E, pior, será que não dá existência aos sindicatos, associações, organizações sociais e afins?
Diante do exposto, trazer para os questionários de pesquisa de opinião pública perguntas cruzadas que lhe permita coletar respostas sensatas ainda que o eleitor queira camuflar as suas respostas é um fator decisivo para o resultado bem sucedido. Daí, buscar saber: Qual é imagem da gestão pública municipal perante a opinião pública? Pergunto: É relevante ter estas leituras ou a prefeitura não se interessa por nada disso? Qual é a imagem de cada secretário municipal perante as demandas da população?
Será que a gestão tem visão crítica de si mesma para saber lidar com os seus aspectos contraditórios dentro do mandato? A equipe da gestão municipal costuma agir para pôr em prática um termo de ajustamento de conduta em situações de falhas entre os servidores?
Há muitos gestores públicos que estão substituindo os seus gabinetes pelas constantes postagens nas redes sociais. Cuidados com curtidas ou likes, comentários e compartilhamentos, pois eles não significam números de votos, métrica para a gerar credibilidade, nem tão pouco significa ter simpáticos que irão lhe apoiar durante a corrida eleitoral. Vale acrescentar que ter postagens curtidas nas redes sociais não deve ser termômetro para nenhum tipo de candidato ao pleito no executivo ou no legislativo.
Quais são os desafios históricos do município e como a gestão municipal respondeu a eles? Identificou e nada fez, identificou e se comprometeu a resolver, ignorou sendo indiferente todo o tempo? Quais são os desafios do presente? Tem demonstrado interesse para dar bons encaminhamentos e pavimentar os caminhos para o futuro? E por falar nele, quais são os desafios realmente para o futuro?
* Uemerson Florêncio – (Brasileiro) Empreendedor. Treinador, palestrante e correspondente internacional de opinião
